domingo, 12 de setembro de 2010

CERCA DE 40 MIL PESSOAS PROCURAM EMPREGO PELO SINE EM MURIAÉ

Ser chefe de família para o Leandro Martins ultimamente não tem sido fácil. Desempregado há mais de um mês, faz bico como servente de pedreiro para sustentar os dois filhos e complementar a renda da esposa, que agora precisa trabalhar. Ele olha atentamente a lista d e empregos do Sine (Sistema Nacional de Emprego) de Muriaé , e, mesmo contendo 250 vagas ele afirma: “Está difícil”. A sua maior dificuldade é pelo fato de ter estudado somente até a 7º série e não consegui suprir as exigências das ofertas de trabalho. Mas ele não é o único.
Atualmente na agencia de Muriaé mais de 40 mil pessoas estão cadastradas no Sine. Algumas em busca de emprego ou por seguro desemprego. Número que corresponde quase metade da população. Além disso, somente nesse mês de novembro 105 pessoas deram entrada no seguro desemprego. Por outro lado, diariamente cerca de 250 vagas de trabalho são ofertadas pelo órgão. A dúvida é porque tantas pessoas não conseguem suprir essa demanda de empregos?
Para o responsável do setor de intermediação de mão de obra do Sine de Muriaé, André Luiz Ouro Preto a resposta é simples. Em entrevista ao jornal DIARIO ele afirma que o contraste é principalmente devido a falta de capacitação profissional para, inclusive, preencher os pré-requisitos básicos exigidos pelo empregador. “Eu acredito que a mão de obra em Muriaé não está acompanhando esse crescimento. Na verdade são uma série de fatores, a renda per - capita de Muriaé é baixa, aumentou a exigência profissional no mercado de trabalho, ou seja, é uma gangorra”, explicou.
Tal característica só torna a disputa por uma vaga ainda mais acirrada, por isso André Luiz diz que a pessoa que busca um emprego imediato precisa ter foco na área que pretende atuar e principalmente ser “o profissional” que os empregadores procuram. Segundo ele o perfil de trabalhador ideal mais procurado em Muriaé é aquele que traz a solução e não o problema. “Não exclusivamente em Muriaé, mas percebemos uma demanda no Brasil inteiro é a necessidade de profissionais que tenham iniciativa. Não é o que leva problema até o patrão, e sim, aquele que busca a solução e mostra resultados”.
Quanto a qualificação profissional ele é bem claro: Se não houver escolaridade e algumas especializações técnicas é praticamente impossível inserir em uma empresa. “A dica é simples: se a pessoa pretende entrar no setor de confecção, que é a área de maior disponibilização de emprego, então que faça um curso de costura, pelo menos, porque nenhuma confecção tem tempo para poder ensinar. Caso a área de atuação seja um cargo de vendas, o curso de informática é imprescindível Já os auxiliares administrativos, além da informática, é importante um curso básico de contabilidade”, disse.
Outro fator que comprova a carência desqualificação é o perfil dos desempregados. No site do Sine é possível, como empregador, fazer uma busca de currículos das pessoas cadastradas. O Jornal Diário fez uma simulação buscando vendedor interno, que no ranking das 250 opções de trabalhos disponíveis nessa quinta-feira (9) é o segundo mais ofertado (27vagas). Apareceram oito pessoas, sendo todas com segundo grau completo, porém somente duas delas têm experiência profissional.
O Sine de Muriaé funciona de 8 às 17 horas –sem intervalo de almoço - na agencia UAI (Unidade de Atendimento Integrado) localizado na Avenica JK n°1377. Lá é possível ter orientação profissional e fazer um cadastro de procura de emprego e conferir a listagem de vagas disponíveis. Para isso, basta Levar a carteira de trabalho, documento de identidade e CPF. Dentre tantos empecilhos, essa pode ser uma ajuda simples para o primeiro passo daqueles que estão desempregados.



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